O evento acaba. A história não.
13.10.2025
Eu atrasei esse texto, mas foi por um bom motivo
Demorei pra soltar essa nova edição da newsletter.
E a verdade é que eu nem me culpo.
Fiz esse compromisso de publicar semanalmente, e após 4 meses de constância “eu falhei”.
Não necessariamente falhei, mas fiz a opção de abrir mão para viver o mundo real de maneira única. E sabia que isso acrescentaria para o próximo texto, para minha vida, para minha carreira.
Eu estava vivendo o OMDCamp, o maior acampamento de scrapbooking do Brasil e, talvez, do mundo. Essa foi a terceira edição.
Foram dias intensos, cercado por 200 mulheres apaixonadas por um mesmo propósito: criar, se conectar e se emocionar com o universo dos papéis.
O evento é idealizado por Lari Batista, uma das maiores scrappers do país e, sim, minha esposa.
E é impossível não se contagiar com a energia que ela e o time constroem ali.
É gente de todas as regiões do Brasil… professoras referência, materiais diferenciados, muitos mimos… e ano que vem pessoas de fora virão.
Dessa vez, estive dos dois lados: fazendo parte da equipe de organização e também responsável pelas imagens. Desde as transmissões ao vivo até as captações que depois viram os materiais de divulgação, publicações em redes sociais e as campanhas do próximo evento.
No meio daquela imersão, entendi algo que muita gente ainda não percebeu: registrar um evento não é sobre ter um vídeo bonito. É sobre transformar experiência em patrimônio de marca.
O evento acaba, mas a marca não pode acabar junto
O OMDCamp dura só alguns dias.
Mas o que acontece lá é tão forte que seria um desperdício deixar morrer junto com o último dia de programação. É um movimento absurdo de uma comunidade muito forte e apaixonada pelo que faz.
O registro audiovisual não serve só pra lembrar o que aconteceu.
Serve pra prolongar o sentimento, pra manter viva a energia de quem participou e despertar a curiosidade de quem ainda não foi.
O audiovisual documental estratégico de evento não é apenas uma lembrança.
É uma ferramenta de conexão.
É o que transforma um acontecimento passageiro em algo que continua gerando desejo, venda e pertencimento muito tempo depois que as luzes se apagam.
Registrar é fácil. Documentar é diferente.
Tem quem acredite que basta apertar o botão da câmera e pronto: registro feito.
Mas documentar é outra coisa.
É entender o propósito por trás de cada cena.
É traduzir a emoção de quem viveu em algo que comunica o que aquele evento representa.
É criar uma narrativa com começo, meio e sentimento e não só com imagens bonitas.
Muitas vezes pode parecer algo simples, ou desconexo para quem assiste e está fora do contexto ou não estava presente, mas para quem esteve lá, é um gatilho inevitável de emoções, piadas internas e momentos exclusivos que são trazidos à memória.
Envolve possibilidades, imprevistos, improvisos, se ajustar ao que se tem. Evento nem sempre se cumpre o script à risca.
É sobre viver o momento literalmente e intensamente.
Não é sobre técnica somente, é sobre o sentimento, é sobre o timing, é sobre percepção.
O documentário de eventos corporativos faz isso.
Ele pega o que é “comum” e transforma em algo duradouro, estratégico, que continua fazendo sentido com o tempo.
É o oposto do conteúdo descartável.
O que o OMDCamp me ensinou
Durante aqueles dias, eu entendi o poder de uma história quando ela é vivida de verdade.
Vi pessoas se emocionando, se reencontrando, aprendendo, se sentindo parte de algo maior.
Enquanto eu registrava tudo, percebi que o vídeo não era só uma lembrança.
Era o legado de um evento que inspira gente o ano inteiro.
Cada clique, cada plano, cada depoimento tinha um propósito: mostrar o que o OMDCamp realmente é: um encontro de pessoas criativas, apaixonadas e dispostas a viver algo único.
E é isso que diferencia um vídeo comum de um documentário.
O vídeo mostra o que aconteceu.
O documentário mostra por que aquilo importa.
O evento passa. A história fica.
Walt Disney dizia que as pessoas esquecem o que você faz, mas lembram de como você as faz sentir.
Ele entendia o poder das histórias, do audiovisual e da emoção como linguagem de marca.
E é exatamente isso que o OMDCamp representa pra mim.
Um evento que não termina no último dia, porque carrega sentimento o suficiente pra durar o ano inteiro.
Cada vez que coloco meus pés lá, me renovo. Mesmo com o trabalho gigantesco que ele dá na realização. Ainda mais que esse ano resolvemos fazer fora da nossa cidade natal.
Mesmo assim, eu volto com mais ideias, mais inspiração e mais certeza de que registrar é preservar o que realmente importa: o sentimento.
E é esse sentimento que move o nosso trabalho na Cafeteria Filmes.
Ajudar marcas e eventos a não desaparecerem na timeline.
A transformar o comum em algo que permanece.
O evento passa.
A história fica.
E é o filme que faz isso acontecer.
Se você faz evento, por que não registra de maneira eficaz?
Qual é o seu critério para isso?
O que é mais importante?
Quem são responsáveis por registrar e para manter vivo esse evento na memória das pessoas?
E por mais desgastante que seja, ver o resultado final sendo exibido no telão no final do evento, a emoção e sentimento de cada uma delas ao assistir, é o que me deixa satisfeito em fazer o que faço e manter aquela memória viva para sempre.
Ainda que pelo cansaço, exista fagulhas de arrependimento.
Mas para isso…
Um café quente e uma mente presente.
Renan.
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