Por que vídeos da sua empresa falham antes mesmo do “gravando”?
04.08.2025
Finalmente, você se convenceu a produzir um vídeo. Mas produzir de verdade.
Contratou uma produtora, separou um orçamento generoso, envolveu o time, liberou agenda para reuniões, ajustou o roteiro, e no fim… ficou bonito.
Só que vazio. Ninguém compartilha. Ninguém comenta.
O vídeo não reverbera.
Ele até foi postado nas redes, mas parece que morreu ali. Você assiste de novo e sente: faltou alguma coisa.
Faltou alma.
Faltou direção.
E o mais frustrante é que você não consegue apontar exatamente onde errou. Talvez tenha sido na escolha da produtora? Talvez no roteiro? Talvez no tempo curto?
A verdade é que o erro começou bem antes do “gravando”. Começou naquele momento negligenciado, subestimado, mal conduzido: o briefing. E é aí que quase todo mundo escorrega.
Quando falamos de produções audiovisuais corporativas, é comum que o empresário, o gestor de marketing ou o diretor de comunicação enxergue apenas o produto final: um vídeo bem editado, com trilha sonora envolvente, imagens em alta definição, e, se possível, alguns efeitos que impressionem o cliente.
Mas o que se esconde antes da luz, da câmera e da ação é justamente o ponto onde grande parte dessas produções fracassa: planejamento.
Porque o que ninguém fala é que o vídeo não começa quando a câmera liga. Ele começa muito antes. Começa no que deveria ser o momento mais importante da produção: o briefing.
E é justamente aí que tudo costuma dar errado.
Me acompanha aqui para ter mais clareza sobre isso.
A armadilha da estética sem estratégia
Sabe aquele vídeo bonito que não diz nada? Aquele institucional que tem drone, pôr-do-sol e gente sorrindo, mas que você esquece assim que termina? Pois é. Ele nasceu de um briefing raso.
Nasceu de uma conversa em que se falou muito de referência e pouco de essência. Em que se discutiu mais sobre estilo do que sobre propósito. E aí, o que era para ser conteúdo virou decoração.
O que era para ser ativo virou adereço.
Muita gente trata vídeo como se fosse roupa: “quero um que fique bonito na marca”. Mas vídeo bom não é roupa. É voz. É presença. É o jeito como sua marca se apresenta ao mundo sem pedir licença. E se você começa esse processo com uma conversa superficial, termina com um conteúdo que não tem nada a dizer.
Vou ser direto aqui: briefing não é documento. É escuta. Não é só perguntar “qual o objetivo?” e “quem é o público?”.
Isso é o mínimo. Isso é o básico.
O briefing de verdade é um momento de imersão. É quando o empresário sai da superfície do que ele quer e mergulha no que ele precisa.
É quando a produtora deixa de ser fornecedora e vira parceira estratégica. Quando a conversa deixa de girar em torno de estética e passa a tocar o nervo da estratégia.
Um bom briefing pergunta por que a marca quer esse vídeo agora. O que mudou no mercado. Onde ela quer chegar. Quem ela quer tocar. E como esse vídeo vai dialogar com o restante do ecossistema de comunicação da empresa.
Sem isso, o projeto é uma aposta no escuro…e o cliente, invariavelmente, termina dizendo a frase que resume toda frustração criativa: “Não era isso que eu tinha imaginado.”
Vídeo que vende nasce de clareza, não de referência
Sabe o que é mais comum de ouvir numa reunião inicial? “Quero um vídeo parecido com aquele da Apple.” Ou da XP. Ou do Nubank.
E eu entendo: referência é importante. Mas não dá pra montar um roteiro com base no que funciona pros outros e esquecer o que faz sentido pra você.
O vídeo que emociona, que convence, que gera valor… ele nasce do coração da sua empresa, não do portfólio da concorrência.
Você quer um vídeo que ajude a vender mais? Que fortaleça a marca? Que comunique uma nova cultura interna? Cada uma dessas intenções exige uma estrutura diferente, uma linguagem específica, um caminho criativo alinhado. E tudo isso começa no briefing.
Não no set de filmagem.
Não na ilha de edição.
No começo.
Sim, tem produtora que só quer executar. Que escuta o briefing e diz “beleza, deixa com a gente”.
Sem aprofundar, sem questionar, sem propor.
Mas também tem empresa que não quer se abrir. Que segura informação, que delega tudo para o estagiário, que não traz o time estratégico para a conversa. E aí, a mágica morre antes mesmo de ser escrita.
Produção audiovisual corporativa não é uma compra.
É uma construção.
Exige parceria.
Exige coautoria.
Exige que ambos os lados estejam comprometidos em transformar o vídeo em algo que represente, comunique, provoque. Quando isso acontece, o resultado não é um vídeo. É um discurso. Um manifesto. Um conteúdo com alma.
O que diferencia um vídeo passageiro de um vídeo memorável?
É simples: o briefing. O briefing bem feito transforma o desconhecido em roteiro. Transforma a essência da marca em narrativa. Revela histórias que nem o CEO sabia que existiam. E faz com que cada cena, cada frase, cada transição tenha propósito.
O vídeo deixa de ser só uma peça de marketing e passa a ser um ativo de marca. Um conteúdo evergreen. Uma ferramenta de vendas.
Uma obra que tem mais a ver com o que a empresa é do que com o que ela parece.
Antes de contratar uma produtora, pare e pense: Você sabe exatamente o que quer provocar com esse vídeo? Você sabe quem é o público real, com nome, rosto, dores e desejos? Você entende onde esse vídeo se encaixa na sua estratégia de comunicação? Você escolheu uma produtora que pensa junto… ou só uma que grava bonito?
Se a resposta for não para qualquer uma dessas perguntas, é melhor parar por aqui. Porque nenhum drone, nenhuma câmera 6K, nenhuma trilha épica vai consertar um projeto que começou errado.
A frustração começa no briefing. E o sucesso também.
O vídeo não é sobre você. É sobre o cliente.
Um bom vídeo corporativo não fala da empresa — fala com o cliente. Não vende produto — resolve problema. Não é sobre a marca aparecer — é sobre a marca significar.
E isso só acontece quando o briefing vai fundo.
Quando ele descobre o que a empresa tem de verdade a oferecer. Quando conecta narrativa, estética e estratégia em uma coisa só.
Vídeo bom é vídeo que funciona. Que toca. Que move. Que vende. E tudo isso começa antes da gravação. Começa no silêncio do briefing. Ou melhor: começa quando esse silêncio é preenchido pelas perguntas certas.
Na minha visão e da nossa produtora, cada projeto começa como um bom grão de café: bruto, promissor e cheio de possibilidades. A gente sabe que não existe receita pronta — existe método.
E o nosso começa com escuta.
Se você não conhece nosso processo “How the coffee is made”tem um breve video explicando aqui.
Entender o que você quer dizer, com quem quer falar e qual o resultado que espera alcançar. Porque produzir conteúdo é mais do que apertar REC — é saber qual história merece ser contada e como ela pode ser sentida.
Nosso processo é moldado por quatro variáveis que fazem toda a diferença: o objetivo, o público, o orçamento e o tempo. Cada uma delas interfere na torra, na moagem e até na maneira como a gente serve. Às vezes o projeto pede intensidade, às vezes pede sutileza. Às vezes é um espresso direto, outras vezes um coado longo e contemplativo. Mas em todos os casos, o que entregamos tem que ser memorável.
É por isso que criamos um processo que respeita o tempo certo de cada etapa — da seleção à extração — e que sempre acontece acompanhado de um café passado na hora. Porque a gente acredita que boas conversas rendem bons vídeos.
Já conhece nosso processo e está pronto pra falar com a gente?
Nos mande um oi. Vamos preparar um café e começar do começo.
Um café quente e uma mente presente.
Renan